Diário de Viagem: dia 05

No outro dia saímos logo cedo para pegar a estrada. São aproximadamente 290km até Valença e depois mais 40min de barco até Morro de São Paulo, mais parada para almoçar e tudo mais, chegamos só as 15h. Lá em Valença tem um estacionamento enorme e super seguro, então todo mundo que vai para Morro deixa o carro lá. 

Assim que chegamos em Morro de São Paulo já vieram os "táxis" (carinhas com carro de mão) para pegar nossas malas e levar até a pousada, porque lá não entra carro e é tudo com ladeira, praticamente impossível de carregar as malas haha. Chegamos até a pousada, que era ok, não era ótima mas também não era ruim, mas a localização tava boa, tomamos banho e logo saímos para eu conhecer a vila.

A ilha é composta por uma vila, que é onde ficam a maioria das lojinhas, restaurantes e pousadas e mais 5 praias. Andamos pela primeira e segunra praia e comemos uma tapioca deliciosa (amo tapioca, desculpa sociedade) olhando esse pôr do sol lindo! Parecia que o céu era de algodão doce azul e rosa hahaha. 

Mais tarde passamos para conhecer a igrejinha da ilha. Eu e minha mãe temos costume de entrar em todas as igrejas que vemos durante nossas viagens. Acho que porque igreja sempre é um lugar legal para saber sobre a história do lugar, já que dá pra ver bem sobre a arquitetura da época e tal. Essa foi finalizada em 1845 e tem algumas relíquias dos séculos 17 e 18, dá pra perceber bem a influência Barroca nas cores e pintura do teto.

E beeeem mais tarde (digo bem mais tarde porque as festas lá começam tipo quase 1h da madrugada), depois de jantarmos em um restaurante ótimo de macarrão expresso fomos no tal do "Teatro do Morro", que todo mundo resumia como "um lugar diferente de tudo o que você já viu". E, realmente, que lugar… Não sei se estranho seria a palavra certa, porque estranho parece que é algo ruim, e lá não é ruim, mas é bem diferente! Não sei se com palavras vou conseguir descrever bem, mas era tipo um teatro mesmo, você sentava em uma arquibancada e tinha um palco embaixo, tudo a céu aberto. Nesse palco tiveram vários shows de diversos tipos de música e atrás tinha um espaço alternativo com música eletrônica e churrasco (Oi???????). Resumindo, o lugar era lindo, a música tava legal, o pessoal era super bonito, mas, sempre tem os contras né? E o maior de todos é que tivemos que subir uma escadaria de - apenas - 180 degraus e caminhar 25 minutos na mata atlântica, em meio a areia, escuridão, lama, cavalos e tudo que vocês imaginarem, e eu não to exagerando. E o outro contra é que, se você tem problemas com maconha, nem chegue perto. Nós viemos embora justamente por isso, o cheiro tava insuportável, ainda mais misturado com os incensos hahaha. Odeio essa mania do povo de achar que só porque tá no meio da natureza e numa vibe legal todo mundo é obrigada a "fumar" com eles. Mas enfim, na hora de voltar começou a chover e imaginem que cena linda eu e minha mãe correndo no meio da mata e depois descendo os 180 degraus na chuva hahah.
Espero que estejam gostando dos posts! Se alguém quiser dicas de lugares pra ficar, preços e tudo mais, é só deixar nos comentários ou perguntar no ask.fm.
Beijos,